Gourmet Experience News JOANA BARRIOS “Tive uma infância muito divertida, cheia de bolos de terra e chás de folha de buganvília” incrível, que me tinham oferecido e cultivado em mim a vida toda, que tinha como meu, e que poderia explorar: tratar e pensar a gastronomia como penso ou trato o teatro ou a moda. O que a levou a publicar um livro de receitas para bebés? O “Nhom Nhom” é a soma de receitas que partilhava pelo whatsApp com as minhas amigas, mães de bebés da idade da minha filha mais velha. A minha filha mais velha sempre foi um belíssimo garfinho e as minhas amigas enviavam mensagens à hora de preparar o jantar a perguntar como é que fazia a carne ou o peixe. Até que um dia o meu marido me sugeriu reunir tudo e compilar um livro com essas receitas. O Carlos é fotógrafo, eu reuni as receitas, ele fotografou-as, e propus o livro à Bertrand, que abraçou o projecto em pleno. O “Trashédia” é o seu holofote para o mundo ou antes um exercício de introspeção? O “Trashédia” é o meu blogue onde penso sobre moda. Com o tempo passou a ser o sítio onde penso sobre tantas outras coisas como maternidade, por exemplo. O “Trashédia” já tem dez anos e em dez anos a internet e a forma de estar na internet mudou muitíssimo. A parte boa é que foi sempre um espaço de pensamento livre. Já assumiu vários aspectos e acompanha-me e àquilo que acontece no mundo há uma década. Sou eu que o penso e o faço desde o início, agora com ajuda externa, porque quero um layout melhor que um template me pode proporcionar e que traduza também que eu cresci e que faço muitas coisas diferentes. Outra coisa maravilhosa, é que nunca me senti pressionada a escrever ou a produzir conteúdos só porque sim. O mais incrível do “Trashédia” é que é um portal de entrada para alguns dos projectos com que sonhei, nomeadamente o Armário, emitido na RTP2, mas também as Fast Talks, da ModaLisboa. É uma plataforma que estimo muito e que não tenciono abandonar! E vai haver surpresas muito em breve! O que é que aprendeu nos três anos em que foi porteira do Lux? Aprendi tanta coisa! Aprendi A ACTRIZ, APRESENTADORA, ESCRITORA E AUTORA DO BLOGUE “TRASHÉDIA” RECORDA A INFÂNCIA NO ALENTEJO E FALA DO SEU FASCÍNIO PELO MUNDO DA GASTRONOMIA. a respeitar ainda mais os outros, aprendi que a noite é catártica, que dançar liberta, que sorrir é sempre o melhor remédio e que a partir das duas da manhã não se aprende nada, por exemplo (risos)! Actriz, mãe, apresentadora, escritora, blogger… São “papéis” que só fazem sentido todos juntos? Ser mãe não se pode misturar com a vida profissional. Pelo menos para mim, porque eu vejo a maternidade como algo muito sagrado, impossível de misturar com uma ideia qualquer de profissão. A profissão, quando entro em casa, fica à porta. Não misturo trabalho com os meus filhos. Profissionalmente, não sei ser de outra forma. Já era assim em criança: com muita curiosidade para fazer muitas coisas, todas elas diferentes e complementares e desafiantes. Às vezes, quando sossego um bocadinho, penso se não será “too much”, mas depois não consigo subtrair nada à equação. No fundo, une-se tudo na ideia transversal a tudo o que são estas profissões - o acto de comunicar, entreter e partilhar experiências. Como é que seria um dia perfeito para si? Os meus dias perfeitos são todos os que passo em família. À QUEIMA-ROUPA… ESTAR NA MODA É… estar em Paz. FILOSOFIA DE VIDA… uma coisa que uma vez ouvi num talent show inglês, de uma concorrente que não passou na audição e que foi arrasada pelo júri: “At the end of the day, I know I’m better than Madonna! O QUE NUNCA FALTA NO SEU FRIGORÍFICO… legumes, ovos e iogurtes. PRATO FAVORITO… borrego assado no forno. NÃO RESISTO A… tanta coisa! Sou mortal, fraquíssima (risos)!
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