conferências Lisboa HISTÓRIA Os grandes faraós do Antigo Egipto por Luís Manuel de Araújo 3 MARÇO — 18H30 / SALA MBITO ULTURAL LISBOA — PISO 6 Durante mais de três mil anos, cerca de trezentos faraós sentaram-se no trono do Egito, reinando como deuses vivos, como Hórus. Uns são conhecidos por terem deixado pirâmides impressionantes (Seneferu, Khufu e Khafré), ou pela eficaz administração do país das Duas Terras (Senuseret I, Senuseret III, Amenemhat III e Horemheb), outros pelas batalhas que protagonizaram (Tutmés III, Ramsés II e Ramsés III), ou pela edificação de monumentos notáveis (Amen-hotep III e Seti I), ou ainda por serem fundadores de tempos novos (Narmer, Mentuhotep II e Ahmés), tendo alguns gerado situações inéditas (Hatchepsut e Akhenaton). E há um faraó de cujo reinado pouco ou nada se sabe, mas que tinha no seu acanhado e modesto túmulo, descoberto há cem anos, riquezas espantosas: Tutankhamon. Luís Manuel de Araújo é egiptólogo e professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sendo doutorado em Letras (História e Cultura Pré-Clássica) pela Universidade de Lisboa. É membro da Academia Portuguesa da História, Associação Portuguesa de Escritores, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Associação Portuguesa de Museologia, Associação Internacional de Egiptólogos, Conselho Internacional dos Museus e Comité Internacional para a Egiptologia (CIPEG). Dirigiu o Dicionário do Antigo Egipto (Lisboa, 2001) e estudou as colecções egípcias públicas e privadas existentes em Portugal, tendo sido o comissário científico da exposição de antiguidades egípcias do Museu Nacional de Arqueologia e da nova sala de exposição da colecção egípcia da Universidade do Porto e assessor científico de várias exposições. É autor de dezassete livros, alguns dos quais já esgotados. MG_Faraos_Cartaz_50x70cm.indd 1 Faraós Superstars desenvolve-se em torno da figura do faraó e do lugar que este tem ocupado no nosso imaginário coletivo ao longo de 5000 anos, da Antiguidade aos dias de hoje. Uma dupla celebração está na sua origem: os 100 anos da descoberta do túmulo de Tutankhamon, no vale dos Reis, pelo egiptólogo britânico Howard Carter, e os 200 anos da decifração dos hieróglifos, por Jean-François Champollion. Apresentada recentemente no MuCEM, em Marselha, a exposição reúne cerca de 250 obras de importantes coleções europeias, entre antiguidades egípcias, iluminuras medievais, pinturas clássicas, documentos, obras históricas, mas também vídeos, música pop , bens de consumo e publicidade do nosso tempo. Este conjunto tão variado de obras convida a uma reflexão sobre a popularidade destas personagens históricas, por vezes míticas. Por que são alguns faraós autênticas celebridades, enquanto a memória de outros se perdeu ao longo do tempo? A natureza efémera desta popularidade, nem sempre associada ao reconhecimento histórico, é outro tema explorado nesta exposição. Khufu (Quéops, em grego), Nefertiti, Tutankhamon, Ramsés e Cleópatra continuam a ser nomes reconhecidos milhares de anos após a sua morte. Mas, atualmente, quem se lembra de Teti, de Senuseret ou de Nectanebo? 21/11/2022 18:27 N.º 16 / MAR—ABR 2023 3
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