conferências MÚSICA Capuchos: Passado, Presente e Futuro de um Festival de Culto por Filipe Pinto-Ribeiro, Carlos Vaz Marques e António Wagner Diniz 24 MAIO — 18H30 / SALA MBITO ULTURAL LISBOA — PISO 6 Após duas décadas de silêncio, o Festival de Música dos Capuchos “renasceu” em 2021, no local que lhe dá o nome, o Convento dos Capuchos, e que inspira o seu conceito programático: “cinco séculos de História e cinco séculos de Música”, refletindo assim a extraordinária criação musical ao longo destes quase 500 anos, do Renascimento à música contemporânea. Fundado por José Adelino Tacanho e António Wagner Diniz, em 1981, o Festival dos Capuchos foi, durante 21 edições, um palco de excelência para destacados solistas e agrupamentos, nacionais e internacionais, e a sua programação, dirigida por José Adelino Tacanho, foi sinónimo de ecletismo e originalidade. O “regresso” em 2021, sob a direcção artística de Filipe Pinto-Ribeiro, foi Director Artístico Filipe Pinto-Ribeiro 16 JUN > 10 JUL 2022 Toda a informação em WWW.FESTIVALCAPUCHOS.COM promotores mecenas principal apoios parceiros media CMYK 8, 0, 93, 0 CMYK 62, 54, 53, 26 aguardado com enorme expetativa e, apesar das restrições provocadas pela pandemia de COVID-19, o Festival recebeu milhares de entusiasmados espec- tadores que esgotaram vários dos concertos. A programação contou com a participação de 60 músicos nacionais e inter- nacionais, com destaque para a presença de Alfred Brendel, um dos incon- testáveis maiores pianistas de todos os tempos, que foi alvo de uma grande homenagem do Festival de Música dos Capuchos. Outro ponto alto foi a cele- bração do centenário do nascimento de Astor Piazzolla, comemorado com um concerto dedicado a algumas das obras mais icónicas do seu “nuevo tango” e duas récitas da sua ópera-tango Maria de Buenos Aires . Motivos de grande realce foram ainda a estreia em Portugal da Orquestra de Câmara de São Petersburgo e do pianista francês Alexandre Kantorow; o regresso aos Capuchos de Hopkinson Smith, mestre incontestado dos instrumentos de cordas dedilhadas e figura fundamental do movimento da música antiga e das práticas de execução historicamente informadas; gran- des solistas internacionais, como a violinista Viviane Hagner, o violoncelista Adrian Brendel e o trompetista Sergei Nakariakov; a interpretação de obras de compositores portugueses da Renascença ao séc. XXI, pelo Offic cium Ensemble e por solistas da Orquestra Gulbenkian; o jazz esteve representado pelo Quarteto de Sofia Ribeiro, a multi-premiada cantora portuguesa radica- da no estrangeiro há vários anos. Como preâmbulo das jornadas musicais do Festival dos Capuchos, foi inau- gurado o ciclo de “Conversas dos Capuchos”, com curadoria e moderação de Carlos Vaz Marques, que, em 2021, foram dedicadas a três centenários de figuras nucleares da literatura universal: Dante, Baudelaire e Dostoievski. A edição de 2022 do Festival de Música dos Capuchos realizar-se-á entre 16 de junho e 10 de julho, com um total de 14 concertos e 3 conversas. Destaque-se a presença de agrupamentos como a Wiener Kammerochester, considerada uma das principais orquestras de câmara do mundo, Orquestra Gulbenkian, DSCH – Schostakovich Ensemble, Sete Lágrimas, e grandes solistas internacionais, como Pierre Hantaï, Diana Tishchenko, Gérard Caussé, Konstan- tin Lifschitz, Anna Tsybuleva, Héctor del Curto, Alexi Kenney e Anna Samuil. Para as “Conversas dos Capuchos”, elegemos três efemérides literárias de 2022, em diálogo com alguns concertos: os 450 anos da publicação de Os Lusíadas , de Luís Vaz de Camões, e dois centenários: o do nascimento de Agustina Bessa- -Luís e o da morte de Marcel Proust. N.º 13 / MAI—JUL 2022 3
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